FINALISTAS 1954 - CELEBRAÇÃO 58º ANIVERSÁRIO

  FINALISTAS 1954 - DO LICEU ALEXANDRE HERCULANO - HOMENAGEIAM, 58 ANOS DEPOIS, O SEU PROFESSOR DR. MANUEL DA CRUZ MALPIQUE.

Realizou-se no passado dia 13 - sábado - ao longo da manhã - a habitual reunião de confraternização dos antigos alunos que terminaram ou podiam ter terminado o curso liceal, no Liceu Alexandre Herculano, em Outubro de 1954.

Desta vez a reunião teve um caríz especial. Foi centrada numa singela homenagem póstuma a Dr. Cruz Malpique. Como se sabe, Cruz Malpique deixou em testamento, ao Liceu Alexandre Herculano, a sua biblioteca pessoal, com a respectiva mobília e até algumas peças que decoraram o gabinete de trabalho de sua casa, simples mas profundas, porque regalos de amigos, ternas lembranças, ou pequeninas homenagens por ele próprio, no seu íntimo, feitas a pessoas que muito admirou. Lá está, por exemlo e entre mais, um busto, de palmo, de Camilo Castelo Branco (1). No cimo de uma das estantes estadia a sua "Telefonia", cujo volume e "design" não deixam dúvidas sobre a época em que a adquiriu nem de como era financeiramente parcimonioso.´Gastava sim, seu dinheiro, do seu trabalho, a editar alguns dos livros que escreveu!...
Esta Sala Museu está instalada no espaço do antigo vestiário designado "da Dona Aninhas". Como se lembram, era logo no átrio de entrada, à direita, de quem olha de frente, do corpo central do edifício.

Refira-se a propósito que o Dr. Malpique deixou também material vário, relativo à sua actividade e produção intelectual, à guarda da Biblioteca Municipal do Porto - no Jardim de S. Lázaro - onde, como se sabe, passou, bem mais de metade do tempo da sua vida, lendo e escrevendo, tranquilamente, em mesa que acabou por ser de sua exclusiva utilização, no principal salão de leitura daquela biblioteca. Era-lhe carinhosamente permitido nela deixar material para continuar trabalho no dia seguinte. 

Entre mais, deixou, à Biblioteca Pública Municipal do Porto, para,como ele próprio ironizava, «escândalo dos escândalos, para uma publicação no dia de S. Nunca à Tarde» (sic), o que designou de «centos de manuscritos» (sic), de maior ou menor extensão, de maior o menor "completude", ... ou "incompletude". 

Pelas 10 horas e 30, boa parte dos convivas já se encontravam na sala «Biblioteca Dr. Cruz Malpique», desfrutando de tudo quanto ali se encontra guardado, lendo lombadas de centos de livros e demorando o olhar prendido por tudo o que de arte e afectos ali se exibe. (Figs. 1,2,3).
"Primas" a chegar : «Os Três Grandes» - Fernando Viana da Costa, António Armando Mourão Januário e António Fernando da Fonseca Moreira.Trajados com  o melhor das suas luxuosas vestes  da
Excelência Organizativa, suavemente trespassada pelo fino aroma da Simplicidade  da Humildade e da Alegria no saber acolher. (Fig 4). Estamos-lhes todos muito gratos pelo conforto de alma que nos proporcionaram.

Fig. 1.

Fig. 2.

Fig. 3.

Fig. 4.

Fig. 5.

A presença de todos nós neste lugar de cultura tinha como desiderato o oferecer-se a esta Sala Museu um retrato fotográfico do Dr. Cruz Malpique (Fig 5), em dimensão que pudesse conjugar-se com as dimensões dos 3 trabalhos de arte que haviam sido propriedade do agora homenageado  e se encontram pousados, encostados à parede, ao longo de uma das estantes. Bem lembrado, porque, curiosamente, na sala, não existia nada que mostrasse, imagiologicamente, a figura do Dr. Malpique.

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Fig. 6.

Para sublinhar o acto, um dos convivas leu texto intitulado: «Sob um Retrato, 4 Retratos do Dr. Cruz Malpique». Terminada a   evocação, o Senhor Dr. António Augusto Lopes, que desde sempre se associou aos nossos convívios anuais e, desta vez, uma vez mais estava presente, fez pequenina alocução -
de improviso - com lembranças panegíricas do Colega com quem tantos anos conviveu, ali, «no Alexandre» (Fig.6), após a qual e para surpresa sua, foi convidado a "trepar" a uma cadeira, o que fez com elegante ligeireza para, "empoleirado nela", colocar o retrato do Dr. Malpique sobre a estante antes referida (Fig. 7), assim se conjugando ao longo da parede com os demais trabalhos de arte  que já ali pousavam.(Fig. 8)

Fig. 7. - O Dr.António Augusto Lopes, com "óculos de geometria variável", empoleirado numa cadeira, coloca in su situ o «Retrato do Dr. Cruz Malpique.  Foto de "A2.F" Moreira.(3)

Fig. 8 - Imagem colhida pelo A.F2.Moreira. .Nela se observa já o retrato do Dr. Cruz Malpique, ali momentos antes colocado pelo vigoroso Dr. António Augusto Lopes.

Em seguida, todo o grupo se dirigiu à "Sala dos Professores",a qual continua localizada no mesmo sítio da do nosso tempo, para aí ser colocada uma reprodução de fotografia mostrando o conjunto de professores que, com uma ou outra cara nova, connosco trabalharam no Liceu Alexandre Herculano. Trata-se de fotografia que terá sido realizada aquando da jubilação do nosso Reitor Dr. Francisco Sena Esteves, portanto 1 ou 2 anos depois da nossa saída. Cópia deste documento foi já publicado há anos neste blog com a repectiva elencagem, numerada, dos nomes de cada um dos Membros do Grupo que exibe.  O original desta fotografia esteve por muitos anos colocado numa das paredes da Sala dos Professores, onde, quem sabe se por inspiração por ela própria despertada, também, ainda hoje, se encontram as fotografias de 2 ou 3 outros corpos docentes de anos posteriores. Porém, num daqueles desarrincanços tão característica e inteligentemente patrióticos, do gélido verão quente, alguém de alargadíssimos diâmetros cardíacos - a que medicamente se chama de "cor bovis" - a referida fotografia foi removida, ninguém sabendo, entre nós, se para destruição, ou para ocultação em recôndito e para nós desconhecido lugar. Quando os organizadores deste nosso encontro de agora preparavam em colaboração com a Direcção actual do Liceu - sorry, da escola secundária - (2) a respectiva realização, visitando a Sala dos Professores, notaram que a referida fotografia tinha desaparecido. Com a maior das urbanidades mostraram o seu desgosto e receberam concordância para o pedido de que na ocasião do nosso encontro deste ano ali se colocasse, no mesmo sítio onde habitou o original, uma reprodução de tal imagem.

Contemplando o espaço onde, gente que nos formou, ao longo de muitos anos, periodicamente se sentava para ali discutirem e promoverem o nosso futuro, ou, apenas, para desfrutar o repouso dos intervalos de 10 minutos, entre aulas, (Fig. 9),

Fig. 9.A "Sala dos Professores".

grupos espontâneos, apreciaram e comentaram a "gandafoto" da  "Turma dos Professores", pousada por algum tempo e para o efeito na ""mesa major para deliberações major"(Fig. 10)".

Fig. 10.: . Na "Sala dos Professores", em redor da fotografia do grupo dos nossos antigos Professores. De bruços sobre Lembranças. Comentários. Da esquerda para a direita : Armando Carneiro, Manuel Cruz, George Nathaniel , José Miguel, Aprígeo, Queirós, Dr. António Augusto Lopes e, de costas,o Fernando Sena Esteves, com esclarecimentos adicionais.

O nosso Fernando Sena Esteves foi entretanto - por motivos óbvios - convidado  a colocar no apropriado lugar a encaixilhada expressão de muitos e complexos sentimentos - de gratidão, de admiração, de veneração,  por quem a mereceu - de Saudade. Ao Rui Cunha, enquanto Filho de um dos nossos Médico Escolares, se pediu acolitasse o gesto.  (Fig.11. ).

Fig 11. ( fotog. por A.F2Moreira). Fernando Sena Esteves, acolitado por Rui Cunha ,coloca, in su situ a imagem de grupo de nossos antigos Professores 

Acrescente-se a pequenina nota, por um lado aclarativa, mas também informativa, de que no nosso tempo os nossos Professores não faziam aqui cafezadas como o faz pressupor o equipamento laboratorial  para o efeito ali presente, mas, talvez, alguns, aproveitassem para umas cigarradasitas, durante estes intervalos, ali convividos. "Estou mesmo a ver" « o Filinto» a embrulhar a prisca na .mortalha... ou «o Cobeira» a, elegantíssimamente, montar o cigarro na boquilha de tartaruga com anelsinho dourado...  Agora, além de, pareceu perceber-se, a mesa antiga, quiçá prolongada e recoberta por vidro em fundo azul (como se pode apreciar em imagens juntas), permanecem ainda diversas peças de mobília do nosso tempo.  Na parede de um dos topos da sala, curiosa e muito felizmente descentrado,  ligeiramente aproximado das janelas, está reprodução ampliada de um dos clássicos retratos de Alexandre Herculano, muito certamente já ali também no nosso tempo (Fig.9). No "fundo" desta imagem-se, duas Senhoras, Esposas de Colegas, observam "avultado aquário", de certo ali recentemente plantado, com finalidade psicoterapeutica...

Estava já toda "a malta" a iniciar o processo de retirada da sala quando o Nobel fotógrafo  A.F2.Moreira trilhou a pastilha digital  ," numa de para  guardar para a posteridade" três dos Fundadores-Redactores do PRELÚDIO, como se sabe e os Historiadores da Imprensa Portuguesa confirmam, o hebdomanário mais prestigiado de todos os tempos desde que houve Gutemberg « com PRELÚDIO a haver».( Fig. 12 - from left to the right - Fernando Sena Esteves, Rui Abrunhosa e José Miguel Leal da Silva). O "a propósito" do registo vem de o Dr. Malpique ter sido, precisamente, o "Prof. Orientador" (assim o denominava a letra do «Dec.Lei» que regulava, desregulando, estes jornais académicos) a quando da respectivqa fundação e durante a vigência de tal corpo (e alma) redactorial.

Fig. 12. Foto - por A.F2Moreira - : Fernando Sena Esteves, Rui Abrunhosa, e José Miguel Leal da Silva,  fundadores e redactores do «PRELÚDIO». O Manuel Cunha tinha ido apanhar gambusinos pouco tempo depois de iniciada esta publicação e nunca mais apareceu. Na ocasião em que o Moreira quis fazer esta foto, o Cunha não estava na sala. Deixou recado - mais uma vez - de que tinha ido buscar um gambusino de que na altura se tinha esquecido de meter no saco...O Manuel Alegre, foi,  por alguém, para dar mais brilho ao currículum vitae  do Candidato à Presidência da República, dado urbi et orbi como "fundador" deste jornal (com jota grande se faz vapor). De facto não foi. Mas publicou nele sua primeira poesia em letra de forma, (julgamos ser isto verdade confirmada...), no 2º número (?), assim inaugurando uma das mais brilhantes e vigorosas contribuições - a sua - para a cultura portuguesa, literária e da cidadania, em genuína Língua Portuguesa. Informe-se a propósito que o Manuel Alegre nunca pôs os cotos nas nossa reuniões anuais. 

Seguiu-se breve visita a alguns dos espaços do liceu. O que, uma vez mais, por falta de tempo, teve de ser muito limitada. Ficaram por recapitular, por exemplo, as Salas das Ciências Naturais, da Física e Química e o "Cinema".Nota a merecer saliência: o espaço da sala do antigo 1ªC (não percebi se também do 1º D) é agora a Biblioteca Geral. Não entrei, por falta de tempo, mas dando uma "olhada" pela ampla e aberta porta  em vidro, pareceu-me com agradável ambiência, mas não deu para avaliar contéudos e o mais...
Olhei de modo rápido o "Ginásio Grande". Já não tem espaldares, nem escadas de cordas, tão pouco as cordas de nó ou as lisas. Também não vi "argolas" nem "barras". Permanecem "2 pilintos" que, com alguns outros, poucos, cheguei a saltar depois de colocados em T, com a totalidade das caixas de regulação da altura, sem trampolim, e calçando sapatilhas do "chinês"!. A rede "de volei", em todo o seu esplendor, emocionou-me: fomos ali campeões distritais do desporto escolar e,com isso ganhamos direito a ir a Lisboa - a Lisboa òvistes - para disputar a qualificação para acesso a jogos no estrangeiro, enquanto prémio de campeão nacional de desporto escolar (á época Porto/Lisboa em comboio demorava 7 horas). Como não havia massa para a viagem a Lisboa, para nenhum dos campeões de qualquer dos restantes distritos, excepto para os "meninos lá do sítio" nesse ano, ou "os gajos" do Camões ou "os tipos" do Pedro Nunes foram aos Estados Unidos, como campeões «nacionais»(?) de "voleibol escolar", «por falta de comparência dos restantes concorrentes» (sic) ... Em 58 anos só mudaram as moscas. 

Fig. 13: Tuti quanti

Terminado este tempo "intra muralis", de convívio, nomeadamente com a saudade, dirigimo nos às instalações do Centro Desportivo Municipal, (Fig. 13), implantado ao lado da Praça Velasquez, nos terrenos que no nosso tempo                                                                                                                                          

eram usados para "as cestinhas" de S. Pedro da Cova despejarem o carvão de pedra o qual era depois levado pelas "viúvas" para Massarelos, onde era "transformado" em electricidade para fazer andar "os eléctricos". Já ali fizemos os últimos encontros anuais.Também ali se reúnem, às "2ªs Quintas Feiras" de cada mês, pessoas que tenham tido o privilégio de terem sido alunos do Liceu Alexandre Herculano. A coisa é prática e rápida, num modelo de "auto serviço," com muita variedade de escolha entre "comes" frios ou quentes,e "bebes", verdes,maduros,brancos, tintos frescos ou ao natural , águas idem, e sumos também. Mesas redondas, de 9 lugares, onde se sentam grupos naturais.(Figs. 14, 15, 16, 17, 18, 19,)

Fig. 14: Moreira e Esposa, com Maralha ao fundo, pelo vasto espelho de um dos topos. Muralhas à frente - 7 decilitros per capite, to beguin with...tanto quanto o sugerem os 2 gargalos de garrafa e os quatro copos que o quarteleiro do nosso Capitão mandou,discretamente, pôr a jeito...

 Fig.15: - Ponta esquerda: Rui Barra. Ponta direita: Hernâni. Interior direito: Profª. Raquel, Esposa do Prof. Hernâni. Interior esquerdo: Aquela Sogra ! diria o Vasco Santana (nos tempos em que eramos caloiros... ) no programa dominical da Emissora Nacional, Zéquinha e Lélé ... pois bem! e com muita ternura: a Mãe da Raquel ! Sogra do Hernâni. Que Honra! ... (...) pra quem?!... próhernânistáclaro...). Foto de AF2 Moreira

 Fig. 16. - Da esq. para a dtª : Esposa do Eduardo David, ( este encaché dans les boteilles)

Fátima e Armando Nunes Dias e Mário Tavares de Pinho.( foto de AF2 Moreira).

Fig.17-Por AF2Moreira : From left to right:  João Coelho da Costa, Fernando Valença, e Aprígio Rocha.

 Fig. 18: Da Esquerda para a direita: Bernardino, Rui Cunha e Esposa, A Esposa do Cruz e lui meme. Ou seja: Bernardino 1- Médicos 3, estes com claque.

Fig.19: - Januário e Fonseca

O Dr. António Augusto Lopes ofereceu-nos, através de entrega ao Januário, um texto que teria lido durante o almoço se a sala se prestasse para o efeito, o que - verificou-se - não era o caso. Ele aparecerá publicado no disco (CD) que oportunamente será editado pelo Moreira. Se vier a ser possível também poderá vir a ser incluído neste blog (como de resto outros de anos anteriores que pela mesma razão também não foram lidos pelo Dr. Lopes).

Veio gente de longe - Lisboa, Barreiro, ali por Mafra, Braga, Canelas, Monte da Caparica, Rio de Mouro, Ovar, Oeiras, que mais direi eu? ...(Figs , 20,21,22, por exemplo)

Fig.20- António Valente de Almeida. Já tinha "comido duas faltas" nos dois anteriores convívios

Fig. 21 - O Valente veio com sua Filha .

Pelas 5 da tarde se começou a desmanchar a "feira", e, como sempre acontece, a despedida, se por um lado foi vivida na alegria do encontro, por outro foi trespassada pela leve sombra da saudade suavemente triste.

...
 Há 58 anos tudo eram risos e esperanças no futuro. Hoje, houve um minuto de silêncio para se dizer alto que todos ali estavam...

Fig.22. -  O Zé Miguel escolhe a dedo os ministros com que vai formar o próximo governo. Está quilhado! ... 

      

Last, but least: Januário!... Moreira!...Viana da Costa....! ( Fig. 1), enquanto cultores da excelência, especímen hoje em vias de extinção neste Portugamurcho, sintam a gratidão de todos nós pelo vosso denodado esforço, longo tempo investido e todo o carinho que a todos nos dispensaram.

Senhor Dr. António Augusto Lopes: aqui fica dito, urbi et orbi o inenarrável encanto que em todos nós permanece pela Alegria, (decorada aqui e ali com apartes e pensamentos profundos) com que por todos repartiu a sua sabedoria.E já agora, nota picaresca: O Dr. Lopes explicou pela enésima vez, ao Zé Miguel, porquê o quadrado da hipotusa é igual a zero de ca tetas!... já não me lembro bem, se era  assim o enunciado... (Fig. 23)... há aqui qualquer coisa que me soa mal... 

Fig.23.  

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(1) Talvez não seja mais do que pequeninas libertações de histamina - na alma -  que me causam um certo prurido, o qual, por ser  onde é, não sei como coçar. Tenho o dever da franqueza. Tenho por isso de dizer que, em meu modo de ver, com os olhos do afecto, me chocou a presença pragmática, nesta Sala Museu, de algumas ferramentas de "trabalho pós moderno". Refiro-me à presença na sala de equipamento diverso, de uso corrente, hoje, na actividade laboral dos Docentes da actualidade.O que faz supor utilização frequente da sala para finalidades que nada têm a ver com o sentido profundo do testamento do Dr. Cruz Malpique. Senti tal presença como um certo "abuso de confiança" em violadora apropriação indevida. Subitamente, saltou-me da memória a imagem do gabinete de trabalho do Dr. Malpique no 1º andar da esquina da Rua de Aires de Ornelas com Fernão de Magalhães, por cima de um café que ainda hoje ali se encontra, e onde me recebeu - por duas vezes - por iniciativa sua, para, numa pressa, me rever provas finais de dois dos números do «Prelúdio» a entrar na "rotativa" daí a horas. Na minha memória havia uma "atmosfera". Desta vez vi um "desalmado desenrascanço", e, portanto, uma falta de Respeito pela Memória de quem muitíssimo o merece. Já lá clamava "o postal" criado pelo Herman: «não havia neschescidade disço» ...

(2) Agora, numa secundarização, à medida dos «cor bovis» diz-se,: «Escola Secundária»..
(3) Para criar esta "figura de fina Arte Literéria" inspirei-me no endereço electrónico do nosso Fonseca.

Rui Abrunhosa
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