LAH1954

um blog de antigos alunos do Liceu de Alexandre Herculano, do Porto

domingo, 18 de outubro de 2009

COMEMORAÇÃO DOS 55 ANOS - 2

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Foram chegando. Ás instalações magníficas do Monte Aventino.
Fazendo pequenos grupos naturais. Como exemplifica a Figura 1. Nela se vê o Pitecas a explicar ao incredulo Dr António Augusto Lopes - apesar da extrema abertura de Espírito que sempre teve e continua a ter - que " o quadrado da distância é igual a metade da hipotenusa". ( Vezes ponto de admiração e a dividir por dois pontos de interrogação... ) .
Na Figura 2, observam-se o Cruz, o Aprígio e o Queiroz inebriadamente preplexos perante histórico documento com cerca de 60 anos.
Foram os prolegomenos.
A figura 3 é uma amostra - aleatória - da sala onde decorreram "os finalmentes". no primeiro plano o Dr António Augusto Lopes e o Januário esgrimem argumentos em encantadora conversa.
Depois ponho mais. Estou cansado, cheio de sono e amanhã tenho de me levantar às seis e meia para chegar a horas ao trabalho. «Boa Noute»
Rui Abrunhosa

sábado, 17 de outubro de 2009

COMEMORAÇÃO DOS 55 ANOS

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.Cinquenta e cinco anos depois de termos percorrido as 7 partidas do mundo e da vida, juntamo-nos hoje, nas muito agradaveis instalações do Complexo Desportivo do Monte Aventino , no Porto, mesmo "ao deslado" da Praça Velasquez, nas Antas.

Ambiencia muito agradavel, presença de cerca de 25 contumazes, alguns com a sua simpatia potencida pela companhia de suas Esposas.

Cinco ou seis mensagens de colegas justificando as suas ausencias e apresentando pacote com abraços ad libitum.

Moreira, Carlos de Sousa e Januario prepararam e apresentaram uma acontecência de elevadissima qualidade organizacional, afectiva, e palatosogustativissima. O Pitecas atirou-se ao ar com o estado a que o Sistema Educativo chegou em Portugal. Caiu bem...

O Dr António Augusto Lopes fez a Oração de Sapiência.

Malta !...só vos digo isto: Fabulosa !!!

Deixou o manuscrito para vir aqui a ser publicado no nosso blog. "Preparaindevos " para o ler, muito de vagar, saboreadamente. Muitissimo original, grande elevação, muita profundidade.

A Fotografia surpreendeu o Dr António Augusto Lopes a fazer a apresentação do seu Trabalho.

Rui Abrunhosa
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

LABIRINTOS DA SAUDADE - 5

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O PROFESSOR DE FÍSICO-QUÍMICA DO 3º A
Dr. Francico Sena Esteves
Quem parte e reparte e não escolhe para si a melhor parte, ou não é Reitor, ou não tem Arte... diziam, mais ou menos assim, os "intigos".
Assumira funções de Reitor do nosso Licev - se não erro - no ano lectivo de 1946-1947 e, portanto, assoberbado com a condução dos assuntos de uma comunidade com cerca de 800 Pessoas, entre discentes, docentes e assistentes, entendeu libertar horas do seu tempo docente sem abdicar do prazer de «ensinar» .
Em consequência, leccionava apenas «o 3º A», na disciplina de Fisico-Química.
Assim foi , porisso, que, entre os que terminaram, ou podiam ter terminado, o curso liceal " no Alexandre Herculano" em 1954, quase todos os que frequentaram, na Turma A, o 3ºAno de Físico-Química, durante o ano lectivo de 1949-1950, tiveram o privilégio de serem, nessa disciplina, Discentes do Dr. Sena Esteves.
Saliento este grupo porque o Professor de Física e de Química, que hoje convido para vir com cada um de nós passear pelo labirinto da Saudade, aí está, à nossa disposição, como sempre foi seu timbre.
Trata-se do tratamento que fiz a uma fotografia (que me foi recentemente oferecida pelo nosso condiscípulo Fernando) realizada - exactamente - em 1950, no ano, portanto, em que o Dr. Francisco Sena Esteves nos introduziu nos escaninhos da Física e da Química.
Lembro-me perfeitamente - estou a vê-lo dizer - que até há 1 ano, ou 2, os planetas do Sistema Solar eram 8 mas tinha sido descoberto mais um, a que puseram o nome de Plutão e, portanto, passaram a ser 9 !!!...
O que bateu então - com os meus 12 anos - na minha atenção, foi o ar muito fresco e de grande «gostusura» com que a notícia era dada, com a alegria de se ter passado a ficar com um novo saber !!!...
No seu mais fundo e iluminado íntimo era a Alegria da Criatura, deslumbrada ! ... por saber de mais uma areiasinha que por aí andou a espalhar - com as subtilíssimas leis da física e da química que inventou - o Criador de Todas as Coisas !!!...
Dr. Sena Estevas: qualquer dia a gente vê-se ... e me contará então todas essas infinitamente maravilhosas Físicas e Químicas que O Criador, entretanto, tenho a certeza, já lhe confiou!!!...
Rui Abrunhosa
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terça-feira, 6 de outubro de 2009

LABIRINTOS DA SAUDADE - 4




DR. MANUEL PEDROSA DE OLIVEIRA AFONSO
PÓpi
Professor das Matemáticas de Rigor. No tempo em que 2 e 2 eram 4.
Ainda não havia a desbocada época - de gente toda muito séria - em que 2 e 2 são 2oo e 2, com direito a uma cadeia de «Off Shores» até ao resultado final do " imbaporou-se"... q.e.d (quod erat demonstrandum) ...
«... Esquêva... , ora esquêva... mas esquêêêva!!!.. Oh homem !, apague e esqueva!!! :.... »
... «Popiedade pimeia das popoções». ... : ...
Tudo de gabardine. Pelos ombros. Cinzenta, escura, vagamente acastanhada, lisa, pertinazmente sustentada. Nunca percebi como... De Caderneta verde e uma Vara cor de canela, longa, da sua avantajada altura, e lisa - numa mão, a direita - e a outra, na cintura, um pouco em trejeito de regateira, por isso muito elegante, convidativa de um pequeno avanço do sapato esquerdo, preto, ou quase, sem brilho nem gracha, desde há longo tempo, 44, biqueira larga, aflorando a boca larga da calça, lisa de festo. Sem nunca deixar descair a gabardina que, agora e logo, aconchegava mais, com um doce movimento de ombro, apoiado na flexão contumaz do cotovelo... Eu tinha 14 anos, quando passei horas, à espera, de que a gabardine caísse...
Director de Ciclo. O que conferiria sempre uma grandiosidade outra se a gabardine caísse ...!
A serena Paz interior do Santo.
Nunca se lhe viu, porém, um sorriso, mas também nunca ninguém lhe surpreendeu um olhar severo.
Nove Filhos!
Um Herói!!...
Que pena que 2 e 2 já não seja 4 !!!...
Dr. Pedrosa : socorrendo-me do António Lobo Antunes, aqui lhe deixo «Um sorriso dentro de uma lágrima»
Rui Abrunhosa