OUTRA FOTOGRAFIA DA "MALTA" E UM PREAVISO DE DESGREVE

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Ilustres: Do fundo de uma caixa surgiu mais um elemento que hoje vos trago. Fiz um breve percurso no nosso "blogue" e encontrei fotos da malta nas postagens de 27/11/2006, 4/7/2007 e 1/1/2009. Salvo erro ou omissão, esta não constou de qualquer apresentação. Mas mesmo que, por falta dos meus olhos cansados, ela tenha passado despercebida, creio com sobeja razão no ineditismo do seu verso, anotado, com letra quase infantil, pelo "bloguista" hoje de serviço. Pois não se lembrou o dito de reproduzir o grupo em perfis e de anotar para cada vulto o respectivo número na turma, que como podeis ver era o 6ºA de Ciências 52/53. Organizado e previdente rapaz! E assim está aqui a vera efígie de 21 mânfios seguidamente discriminados: 1, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 19, 20, 21, 24, 26, 28 e 32. O número 1 anotado também no verso, no canto superior direito, leva-me a crer que talvez existissem mais fotografias. Para já não as encontrei. Mas não desistamos.

Quanto ao preaviso de desgreve (ou melhor, usando a construção esperantista, de ne-greve): na postagem de 26 de Dezembro p.p. o Moreira fez, e bem, um apelo à colaboração no blogue e sugeriu mesmo que eu tivesse feito uma travagem ao nível da auto-chateação. Não foi bem assim: como podem verificar pela falta de assiduidade no meu próprio blogue e noutras obras e intervenções, o ano de 2009 trouxe uma série de ocupações, precalços e solicitações que me fizeram canalizar as actividades todas num sentido, saltitar entre serranias do Minho-Beirão e que inclusive me impediram de estar presente no 55º centenário da "malta". Foi um daqueles casos a que se aplica o ditado brasileiro que então prantei algures e que gosto de lembrar e de lembrar-me: "dou um boi para não entrar numa briga, mas dou uma boiada para não sair dela". O assunto não está ainda concluído (falaremos disso a devido tempo) mas está pelo menos aliviado, a menos de pequenos "rateurs" adequados ao desgaste dos materiais, como o que inesperadamente, tendo tudo preparado, me impediu ontem de ir ao jantar dos "Alexandrinos em Lisboa" que, recordo, CONTINUA A REALIZAR-SE NA ÚLTIMA 5ª FEIRA DE CADA MÊS. Por esse facto espero voltar ao "blogue" com uma maior frequência.

Entretanto, e secundando o apelo do Moreira, lembro que, como ficou referido, o "blogue" é da "malta" e que os que tenham memórias e documentos são a ele bem-vindos. Assim, para os que não queiram aceder directamente ao "blogue", há sempre uma solução possível: enviem os vossos textos e documentos por e-grama (e-mail na angla expressão) através do endereço electrónico afecto ao "blogue", ou mesmo por correio, a algum dos mais frequentes "bloguistas". Isto levanta uma questão: quem está atento à correspondência entrada nesse endereço electrónico? Foi dada resposta a algumas questões nele formuladas? Tencionava levantar este assunto no encontro do 55º centenário - o que, pelas razões aduzidas supra, não foi de facto possível. Vou dar uma vista de olhos ao expediente que possa existir e analisar com os referidos "bloguistas" a não-proposta proposta, incluindo a inserção aqui de qualquer notícia sobre o que possa ser de noticiar. ZM.

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ASSIM VAI PORTUGAL - 2

Há uns anos atrás as autoridades, ditas responsáveis, resolveram construir uma barragem no rio Douro que, por ter um dos seus apoios em terrenos da freguesia de Crestuma, resolveram chamar-lhe Barragem de Crestuma. Este erro originou que o povo da freguesia vizinha de Lever fizesse um levantamento e exigisse que, pelo facto de também estar em terras dessa freguesia, se chamasse de Crestuma/Lever. Foi pena que a população da freguesia da outra margem não tivesse feito o mesmo a ver se as ditas autoridades aprendiam a não usar esse critério para pôr nomes a obras de engenharia que são construídas em terrenos que pertencem a mais que uma povoação.

Em 1963 foi inaugurada uma ponte sobre o rio Douro à qual também erradamente deram o nome de Arrábida por o seu apoio norte estar em terreno do Lugar da Arrábida que, por sua vez, faz parte das freguesias de Lordelo do Ouro e de Massarelos, ambas do concelho do Porto.

Depois de ter sido eleito para presidente da câmara de Gaia uma pessoa que não é Gaiense, foi autorizada a construção de um centro comercial neste concelho com o nome errado de Arrábida. A partir daí já lá estão os Jardins da Arrábida, Torres da Arrábida e até um construtor já pôs uma tabuleta numa rua a chamar-lhe Vale da Arrábida. O ridículo é que estas mentiras passam-se em terrenos de freguesias do concelho de Gaia, enquanto que o verdadeiro Lugar da Arrábida pertence ao concelho do Porto.
Como sabemos, e o Hitler também o demonstrou, uma mentira repetidamente dita acaba por ser considerada verdade, o que neste caso leva a que as pessoas, mesmo gaienses, comecem a considerar que aquela zona se chama Arrábida.

Moreira
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LABIRINTOS DA SAUDADE - 7

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MANUEL GONÇALVES VALENTIM JÚNIOR

O PEQUENINOS

Foi nosso Professor de Geografia no ano lectivo de 1949-1950.

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Contava-nos com o brilho do contentamento nos olhos, como havia sido Primeiro Sargento no Exército e, estudando à noite, se havia licenciado em Ciências Geográficas de que viria a ser professor no "curso geral dos liceus"

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Devo-lhe várias coisas: uma delas foi a de aprender a fazer relatos, relatórios, monografias. Tinha eu 12 anos. Com ele descobri, então, a fantástica capacidade organizativa e clarificadora da "chaveta"!... no dia em que me apanhei com uma chaveta na mão o Mundo ficou-se-me completamente transparente, lógico, por isso muito simples, e, em consequência, muito fácil de entender...

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Também lhe devo algumas «horrorosas secas»: com profunda emoção lembro que a Bulgária produzia toneladas de rosas para a indústria dos perfumes e, também, produzia, entre mais, milho ! ... de que se descreviam os números exactos em quilos! ....Porra prá Bulgária !...

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Não referia nunca o nome de aluno a quem se dirigisse. A todos e cada um chamava de "Pequenino" . Ficou «O Pequeninos». Cognome - soube depois - de que gostava, quiça se orgulhava.

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Era Pai do nosso coetano Ramiro Valentim, hoje Prof. Catedrático Jubilado de Fisiologia e "Fundador", criador, seu primeiro director e ali seu primeiro professor, do Departamento de Fisiologia da primeira Universidade de Angola.

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Saíam ambos, Pai e Filho, às 6 da madrugada, da Póvoa do Varzim, para estarem nas aulas "do Alexandre Herculano" às 9 horas. Não havia "metro", mas havia comboio, onde viajavam toneladas de Força de Vontade. Homens de barba rija...

Rui Abrunhosa

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ASSIM VAI PORTUGAL - 1

Como sabem Portugal aderiu à moeda única que começou em 1 de Janeiro de 2000. Por causa disso, o governo que estava em funções, pagou muito dinheiro para o Carlos Cruz fazer um programa na televisão a ensinar os portugueses a mudarem os hábitos de escudos para euros. Como ele sabia que havia já muitas pessoas, e até doutores, que não tinham feito a 3ª e 4ª classes da Primária como nós fizemos, viu a necessidade de frisar bem aos telespectadores que na Europa continental, o único sinal gráfico que separa a parte inteira da decimal de um número é a vírgula.

O povo pagou ao Carlos Cruz, mas com a insistência de ministros, deputados, jornalistas e comunicadores de televisão a dizerem ou escreverem ponto em vez de vírgula eis que está instalada mais uma confusão. É ver que predominam preços errados em tudo quanto é sítio com a complacência das entidades encarregadas da respectiva fiscalização.

A cereja em cima deste bolo é a recente colocação de tabuletas antes das áreas de serviço nas auto-estradas a indicarem os preços dos combustíveis, reparem que, à semelhança do que já acontecia nos pórticos existentes nas mesmas, nestas tabuletas está escrito que cada litro custa mais de mil euros.

Bem sei que neste país( em vias de desaparecimento) não há limite para o ridículo mas, como cidadão, fiquei envergonhado quando há dias vi uns estrangeiros a rirem-se e a fotografarem uma dessas tabuletas certamente para constar como anedota no seu país.

É evidente que se esta infracção fosse cometida por um pequeno merceeiro ou por ciganos numa feira já tinha originado uma operação da ASAE com polícias e metralhadoras mas, como são gasolineiras, aquela Autoridade parece não ter coragem ou poder para acabar com aquela infracção que, pelo facto de denotar uma falta de cultura tão primária, não deixa de ser ridícula.

Moreira

PINCELADA DE BELO PARA COMEÇAR 2010

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AGUARELA DE NANETTE CURADO

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O seu Autor, «o nosso Curado», denominou-a, julgo ter entendido bem, de

"Comidas e Bebidas".

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Surpreende-me nela a luz e a falta dela!... A natureza da luz! a indole da escuridão!... Faz-me sentir vozeares abafados, na quentura dos espaços, por vezes roucos e grossos, agora e logo cortados de gargalhadas tristes - e breves. Luz de onde se evolam aromas... de cigarradas "kentucky", de canecas de tinto, vertido, de ceboladas, decorando bifanas,... áh!... e de irregulares cilindroides, beje-cinza, de chispe cozido, retirados da vitrine com sedimentares cagadelas de mosca, por um apontar de dedo sob o imperativo "dá-me agora aquele"... Escuridão. Fria. Húmida. Com mistérios e silencios e pobresas envergonhadas e solidaridades e insónias e Dores. Com raivas insassiaveis e incansáveis, com lágrimas de redenção. Com Amor e Oração ...

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Grande Curado ! como era simples e profundo.... No seu «Olhar... e Ver»...

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Rui Abrunhosa
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Esta aguarela foi oferecida pelo Pintor Noémio Nanette Curado ao Dr Sena Esteves.

Foi-me facultada a sua reprodução pelo "nosso Fernando Sena Esteves". Estamos - lhe -todos - agradecidos.

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