Visita rápida ao LICEV ALEXANDRE HERCULANO, por Rui Abrunhosa

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Pela mesma razão atrás exposta é mais que tardia a colocação da seguinte mensagem (o "Blogger" actualizou para "mensagem" o anterior termo "postagem") proveniente do Rui Abrunhosa e que tem a data de 24 de Junho. Que o Rui desculpe a tão demorada demora!

"Visita rápida ao LICEV ALEXANDRE HERCULANO

Cedi à tentação! …agora e logo ela pica-me, há anos… Desta vez não resisti. Abriu-se-me uma fenda na gaiola dos deveres profissionais e enfiei o carro para lá.

A entrada é única. Estava fechada no nosso tempo. É a do ponto central da fachada do edifício, com acesso imediato ao “corredor da Reitoria”. Neste, estadia uma simpática e diligente recepcionista, a Senhora D. Regina, dispondo de várias e facilitadoras comodidades de que, entre mais, notei a de uma central telefónica. No meu caso, anunciando-me como antigo e provecto aluno, depois de expor o meu desejo de um rápido relancear de olhos pelas instalações de mais fácil acesso e, também, de uma primeira visita à «Sala Dr. Cruz Malpique», suspendeu a mão que já buscava o telefone, levantou-se, pediu licença, entrou na porta em frente a si, de acesso ao Gabinete da Senhora Presidente do Conselho Directivo – no mesmo espaço onde foi o Gabinete do nosso Reitor, o Dr. Francisco Sena-Esteves, como lembrais, o Papá Chico . A Senhora Presidente, a Dra. Berta de Carvalho, estava em trabalho conjunto com dois Colegas. Poucos segundos depois (segundos, não é gralha, por troca com minutos) manda-me entrar, inteira-se dos meus desejos, interrompe-se no que laborava com os Colegas, a que pede a escusa de alguns minutos, sai comigo, leva-me ao (para mim) Vestiário a D. Aninhas, bate à respectiva porta, que logo se abre, e exclama: esta é a Sala Dr. Cruz Malpique – a nossa Biblioteca – onde, nas estantes, se guarda porção significativa do Espólio Literário e Intelectual do Dr Malpique!!!

Fiquei siderado! Ali! Tão junto de mim, o Dr. Cruz Malpique! O muitíssimo dele. Dos seus silêncios. Das suas ruminadas leituras. Da sua sofreguidão de criticamente conhecer. Do “seu Montaigne” passeado nas cochias da sala de aula, de lapinhos na mão, ou mesmo atrás da orelha, enquanto fazíamos a «chamada escrita».Do seu contar do que sabia. Do culto da perfeição. Da Arte no dizer - ou escrever – simples, transparente, com “risca específica” ( como noutras e muitas circunstâncias gostava de marcar) deixando a dedada bem moldada, com todas as suas impressões digitais, no barro de moldar Homens *a Haver* (diria o Pessoa). Tudo com muitíssimo, finíssimo e superior sentido de humor!

Senti um aperto suave na garganta. Na sala trabalhavam três Senhoras Professoras do Júri Nacional para os exames em curso. Foram gentis comigo, quando entenderam ao que eu ia. Deixaram-me circunvagar os olhos pelo espaço, pelas estantes. Tive dificuldade em esbater o espasmo na palavra, com que a emoção me condicionou. Três mesas, cheias de papeis, pastas, dossiers e o mais. Perguntei se era material relativo ao Júri Nacional. Que sim responderam. Que pena… comentei, assim não poderei fazer uma ou duas fotografias da Sala, para mostrar no nosso Blog. Fica para outra ocasião.

Depois a Dra Berta Carvalho convocou uma assistente a Senhora D. Sandra e pediu que me abrissem a piscina. Vejam-na aí ao lado. A funcionar com padrão de segurança e higiene apropriado.

Voltei pelo «recreio» central, onde uma tília já foi trocada por outra e agora há mesas e bancos de pedra na sombra das árvores, passei a pérgula, acedi ao “jardim da reitoria”. Colhi imagens, em função da iluminação de que dispunha, pelas quase 5 da tarde.

Era sexta feira, não quis atrapalhar a ninguém os “preparatórios” do “S.João” e por isso retirei-me.

Não tenho génio para descrever sentimentos, emoções, lembranças. Ouvi a voz ás Pessoas, o bruá dos intervalos, o estilhaçar dos vidros com os jogos do lencinho, a gaguês do QueDias a campainha que ordena o fim do intervalo e liberta, voseadamente, no fim da aula!..

Tudo muito esmeradamente limpo e bem cheiroso. Na «Sala Dr. Cruz Malpique», porém, havia cheiro a môfo, o que notoriamente preocupa quem ali dirige . Extrema simpatia para comigo de todos os que me atenderam, me apoiaram e me prometeram abrir a porta sempre que eu quisesse voltar.

Vou Voltar. O nosso LICEV - vejam na pedra da frontaria! – foi lindo e está muito lindo.

Lá, na frontaria - bela!! - tem, à direita, citação do Alexandre Herculano que por aqui vos deixo.

Por fim: apreciem o “Ex Libris” do Dr. Malpique.

Rui Abrunhosa

Falta...

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Por razões inadiáveis e de ultimérrima hora vi-me impossibilitado de estar no jantar dos "Alexandrinos" de Lisboa que decorreu no lugar do costume, a 28 do corrente (eu, que já tinha prometido ao David estar presente!). Melhor dizendo: quando dei pela hora já o jantar tinha passado há muito e os trabalhos impedientes continuavam... Da falta apresento as minhas desculpas e solicito a quem lá tenha estado uma pequena descrição dos factos para postar aqui! Obrigado.

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Estive com o Pigoso !

Uma postagem do Rui Abrunhosa!
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“Lui même”…, o Mário Barros. Menos pêlo no topo norte , o que aparece compensado com bigode e pêra no topo sul. No mais, tal e qual.

Campeoníssimo no basket-ball do Alexandre – lembrem-se das suas mãos de elegantíssimos ilusionismos, com que fazia desaparecer e reaparecer uma bola (maior que ele!) que lançada de uma ponta do Glorioso Ginásio se enfiava sempre no cesto da tabela oposta.

Depois engatou Letras no D. Manuel . De piquerricho foi acolhido no Parque das Camélias pelo grande – muito grande - Vasco da Gama e nele voltou a triunfar! Jogou, ganhou, fez-se respeitar e, por isso, surgiu Treinador de Basquetebol.. Também treinou nos Açores, onde viveu 4 anos. Hoje treina a Selecção Nacional de Júniors. Pelo caminho: “seguros”, na “Tranquilidade”,( até em Nampula e na Beira – so called) . Depois, o *Banco Fonsecas e Burnay* onde dirigiu a Agência do Porto. Reforma cedinho, com 57 anos (como eu!) para dar tempo de gozar a Vida. Fez mossa num joelho com as “brincalhotices do básquéte”, (o que nada se nota), mas tem o ar fresco de quem tem – tem mesmo! – saúde de ferro, para destronar, “no Guiness”, o Matusalém – sem por tal jamais vir a adquirir o cognome de UmaTuzÁquem!

Recapitulamos vários dos da Malta, cuscuvelhando, ou noticiando, com ternura. Lá veio à baila o Lima, e o Magala e o Delfim e os Malafayas e o Zé Miguel e o Sena e outros mais. E, já não retenho porquê, também falamos com muito respeito e muita saudade, do Dr. Sousa, que foi nosso Professor de Ginástica durante a totalidade da nossa permanência no Liceu. Se me calhar bem, qualquer dia venho falar aqui do Dr Sousa – era Médico, era Simples e era Bom.

Por fim, 5 da tarde e aí o Avô Pigoso exclama: Oh Pá! Tenho que ir buscar o meu Neto à escola!... – onde?, perguntei eu. A Gondomar!... Ókumcarássas !! concluí eu “entre mim” (como diria Camilo o da nossa Avenida)… Pois: estávamos no Parque das Camélias… Coitadinho do menino!

Devo o prazer deste encontro ao Sr. Arlindo, provecta Glória do Vasco da Gama e que também fez equipa com o Mário. É um meu Doente (“meu”? que panca esta a dos médicos), há longos anos. E que vou administrando, o melhor que posso e sei – nem de mais, para não perder o doente, nem de menos para também não perder o doente… Foi o Senhor Arlindo que fez conjugar os astros. Estou-lhe por isso muito grato. O Senhor Arlindo juntou-nos à entrada do «Pavilhão Alves Teixeira» do Sport Club Vasco da Gama (fundado em 1909) no Parque das Camélias, à Praça da Batalha no Porto.

Menos pêlo no topo norte, bigode e pêra no topo sul. É só olhar, para os documentos que junto."

Mário Barros - o "Pigoso" - em excelente forma! (19/6/2007)

Mário Barros - o "Pigoso" - no "Parque das Camélias", Porto (19/6/2007)

Rui Abrunhosa

O jantar mensal dos "alexandrinos" de Lisboa, no dia 31

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Realizou-se com a animação e o convívio do costume - como se costuma realizar todos os meses, na última 5ª feira (salvo o período de férias, claro). Um dos temas referidos foi ainda o passeio ao Alto Douro: ao colega Florindo foi dirigido um voto por aclamação pela forma como tudo foi organizado (até o S.Pedro colaborou, como já se disse) e formularam-se desejos de repetição do acontecimento, nomeadamente noutras longitudes e latitudes.

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Trocaram-se e anotaram-se endereços electrónicos para contactos futuros pessoa-a-pessoa e, tendo sido referido - e bem - o potencial interesse de um "blog" da malta, procurou-se noticiar a existência deste e sugeriu-se a colaboração que nele pode ser inserida. O facto de ter na denominação o 1954 não deve travar esse alargamento: resultou do simples facto de ter nascido no jantar dos 52 anos dos "finalistas" 1953-1954, a 24 de Novembro de 2006, em Vila Nova de Gaia, como aqui foi noticiado.
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Por razões óbvias pede-se que seja minimamente identificada cada postagem, que não sejam divulgados em pormenor elementos de ordem pessoal (salvo avisos ou comunicações que sejam autorizados pelos próprios ou que constem da crónica da malta) e que as postagens se cinjam a temas relativos ao LAH e aos "alexandrinos" daqui e dalém. Tudo o que seja memorabília é bem vindo, claro está. Procurem nos vossos baús e explorem a vossa memória. Temos certamente muita coisa a recordar... e é o que fazemos e faremos de bom grado!
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Para actualizar as "fuças" do blogue introduziram-se três elementos: um, a "definição" do blog; dois, a fotografia da fachada do nosso Liceu; e três, o e-grama (tradução proposta para "e-mail") de contacto. O signatário zelará por este e, através do mesmo, podem ser enviadas todas as colaborações que ao mesmo se destinem.
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ZM

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